Brasil Produtivo

Exportações e consumo interno de café do Brasil devem crescer em 2018

Expectativa do setor é de recuperação da produção, permitindo uma postura mais agressiva no mercado global

As exportações de café do Brasil devem retomar a trajetória de crescimento a partir da segunda metade de 2018, acredita o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé). Os diretores da instituição acreditam que, até lá, a produção brasileira deve aumentar a ponto de permitir uma postura mais agressiva do setor no mercado global.

“Se tudo correr bem, 2018 terá uma boa safra. Começamos a ter uma situação mais regular e mais tranquilidade para aumentar exportações. É bom lembrar que, até lá, o consumo também aumenta”, analisou, nesta sexta-feira (9/6), o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, sem estimar um número.

O Conselho tem uma visão otimista em relação ao consumo de café e à participação brasileira no mercado global. Dados da Organização Internacional do Café (OIC), citados pelos dirigentes do CeCafé, apontam para um consumo global entre 154 milhões e 155 milhões de sacas de 60 quilos. Um terço disso é responsabilidade do Brasil.

“Segundo a OIC, há um déficit de oferta e consumo de 6 milhões a 8 milhões de sacas. A partir do momento em que o Brasil tiver maior oferta de café, em um cenário de maior consumo mundial, a tendência é de que se consuma mais café brasileiro”, afirmou Eduardo Heron, diretor técnico do CeCafé.

Mantendo-se os atuais níveis de crescimento do consumo, em torno de 2,5% ao ano, disseram os executivos do Conselho, as expectativas mais pessimistas apontam para uma demanda entre 185 e 190 milhões de sacas até 2030. Estimativas mais otimistas apontam um consumo global superior a 200 milhões de sacas. Isso sem contar as possibilidades de expansão no mercado asiático.

“Acredito em um grande desenvolvimento na Ásia e teremos grandes oportunidades de incremento no consumo de café. Podemos ter uma grande suspresa no mercado asiático nos próximos 13 anos”, afirmou Nelson Carvalhaes, presidente do CeCafé.

Mesmo com o café novo chegando, Carvalhaes disse acreditar que até o final deste ano, o setor deve trabalhar com quadro apertado de oferta. Até o momento, a colheita de 2017 tem ocorrido em ritmo mais lento em função das chuvas em regiões produtoras. Se a entrada do produto no mercado deve demorar um mais, de um lado, de outro, melhora as condições dos cafezais.

Em maio deste ano, as exportações de café do Brasil somaram 2,437 milhões de sacas de 60 quilos. No acumulado da safra 2016/2017, considerando o período de julho do ano passado a maio deste ano, foram 30,681 milhões.

Os números, pontuou Eduardo Carvalhaes, refletiram a oferta apertada em função de problemas climáticos na lavoura e a consequente redução dos estoques. Movimentos mensais abaixo de 3 milhões de sacas são considerados abaixo da normalidade pela entidade.

“Vamos repetir o desempenho de 2016. Não haverá grandes novidades em relação a isso”, disse o presidente do CeCafé. “A entrada da nova safra deixa o mercado um pouco mais confortável. A partir de julho, começa a haver reflexo na melhor performance do comércio exportador”, acrescentou.

Fonte: Globo Rural

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