Brasil Produtivo

Conab vê safra de soja menor no Brasil e “danos irreversíveis” após tempo adverso

O Brasil deverá produzir 118,8 milhões de toneladas de soja na safra 2018/19, já em colheita, estimou nesta quinta-feira a Conab, em um corte ante a previsão do mês passado, de 120,06 milhões, após a irregularidade nas chuvas e altas temperaturas afetarem as lavouras de alguns Estados.

Com a revisão, a Companhia Nacional de Abastecimento deixou de apostar em uma produção recorde neste ano, apesar de um plantio histórico de quase 36 milhões de hectares, já que o novo volume fica abaixo dos 119,3 milhões de toneladas de 2017/18.

O corte reportado pela Conab é mais conservador frente ao realizado pelas consultorias INTL FCStone e AgRural recentemente.

Segundo a companhia, em Mato Grosso do Sul há casos de lavouras em algumas áreas com mais de 25 dias sem precipitações. “Atrelada à falta de chuvas, no segundo decêndio de dezembro, as temperaturas máxima e mínima foram elevadas no Estado, situando-se bem acima da normal climatológica do período”, afirmou a Conab, acrescentando que “o agravamento climático poderá provocar quebra da produtividade” na região.

No Paraná, segundo maior produtor de soja do Brasil, também está prevista a ocorrência de perdas na produtividade da oleaginosa por causa do tempo quente e seco, “principalmente para aquelas lavouras semeadas mais cedo, atingidas pelas adversidades climáticas no estado de enchimento de grãos, a fase mais suscetível”.

“Acredita-se que para algumas lavouras os danos serão irreversíveis, mesmo se as chuvas normalizarem, uma vez que a ocorrência das condições climáticas adversas, particularmente na parte oeste do Estado, coincidem com o fato da maior parte das lavouras estarem nos estádios de floração e frutificação”.

A Conab reportou problemas também em Goiás e viu impacto mais limitado em Mato Grosso, líder na produção nacional.

A redução na estimativa para a safra de soja mexeu com as expectativas para a produção total de grãos e oleaginosas em 2018/19. A Conab aposta agora em uma colheita de 237,3 milhões de toneladas, ante 238,4 milhões de toneladas em dezembro e 227,75 milhões em 2017/18.

Caso se confirme, ficará ligeiramente abaixo da maior marca já alcançada pelo Brasil, de 237,67 milhões de toneladas, em 2016/17.

MILHO

Em relação ao milho, a Conab fez poucas alterações, elevando a previsão de safra total para 91,2 milhões de toneladas, de 91,1 milhões anteriormente. Trata-se de uma alta de quase 13 por cento ante 2017/18, quando condições climáticas adversas impactaram as lavouras.

Do total estimado, 27,45 milhões de toneladas são esperados na primeira safra e o restante na segunda, a chamada safrinha, a ser colhida em meados do ano e cuja expectativa de plantio é de 11,54 milhões de hectares.

A Conab manteve suas projeções para exportação tanto de soja quanto de milho em 2018/19 em 75 milhões e 31 milhões de toneladas, respectivamente.

FONTE: REUTERS

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