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Graça: ‘Eu e diretores precisamos ser investigados’

Em meio a denúncias de corrupção na Petrobras, a presidente da estatal, Graça Foster, reconheceu que ela e diretores da companhia precisam ser investigados. “Eu preciso ser investigada, nós precisamos ser investigados, isso leva tempo”, afirmou a jornalistas. Pressionada para deixar o cargo, a executiva admitiu que “existem pessoas dentro da companhia preparadas para substituí-la. “Há dentro e fora da companhia pessoas que podem assumir a cadeira da presidente, mas acreditamos em nós, na nossa moral”, disse, considerando também outros diretores. 

A operação Lava Jato da Polícia Federal, que já resultou na aceitação de várias denúncias pela Justiça Federal nesta semana, investiga um esquema de desvios em obras da estatal, envolvendo empreiteiras e pagamentos ilegais a políticos, que levou auditores independentes a se negarem a assinar o balanço do terceiro trimestre. 

“Hoje estou aqui presidente da Petrobras enquanto eu contar com a confiança da Presidência, e ela (Dilma Rousseff) entender que eu deva ficar”, disse Graça Foster. “Minha motivação é não travar a assinatura do balanço da Petrobras por conta da investigação”, acrescentou.

Na última sexta-feira, a Petrobras adiou novamente a divulgação das demonstrações contábeis não auditadas do terceiro trimestre de 2014 para até 31 de janeiro, devido a desdobramentos da operação Lava Jato. O novo adiamento foi possível porque os credores aceitaram mudanças nos termos contratuais dos bônus (covenants) que tratam dos prazos para a apresentação dos resultados, eliminando o risco de a empresa ter que pagar antecipadamente parte da dívida crescente.

Ainda segundo Graça, a atual diretoria precisa ter uma sinalização positiva de que está em condições de permanecer, do ponto de suas práticas de governança, e para isso necessita ser investigada, o que poderá atrasar ainda mais a divulgação do balanço.

Segundo reportagens publicadas pela imprensa nos últimos dias, a presidente da Petrobras teria sido avisada sobre irregularidades na estatal. Entre as denúncias publicadas por jornais estão o pagamento de 58 milhões de reais para serviços que não foram prestados na área de comunicação, em 2008; superfaturamento de 4 bilhões de dólares para mais de 18 bilhões de dólares nos custos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; e contratações de fornecedores de óleo combustível das unidades da Petrobras no exterior que subiram em até 15% os custos.

 

Fonte: VEJA

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