Agronegócio

Produtores recebem orientação para tornar terras pouco produtivas em negócios rurais em Rondônia

Pequenos proprietários rurais da região do reassentamento Riacho Azul, em Porto Velho, foram ouvidos pelo vice-governador e governador em exercício de Rondônia, José Jodan, na terça-feira (14), para alinhar ações que façam de fato a produção agrícola do Estado avançar, aumente a geração de emprego e renda; melhore a qualidade de vida nas comunidades e fixe as novas gerações nos negócios rurais.

Incumbido pelo governador Marcos Rocha da missão de ajudar o Estado a ser mais produtivo, José Jodan explica que o avanço do agronegócio faz parte do Plano Estratégico do governo.

‘‘O coronel Marcos Rocha está focado no setor agro, precisamos fortalecer o homem do campo. Eu estarei cobrando nossos técnicos para que nossos produtores tenham capacitação e recebam o que precisam. É preciso dar viabilidade aos produtores. O que precisa no nosso Estado é aplicar técnicas’’, afirma.

José Jodan apontou que a produção tecnificada, que envolve a análise de solo, adubação correta, inclusive com calcário, e o acompanhamento da assistência técnica, é o que garante que a produção agrícola aumente. Para Jodan, é inadmissível que o produtor rondoniense plante sem nenhuma assistência técnica e, por isso, é uma determinação que recebam todo o apoio necessário.

Equipe técnica do governo é orientada a prestar assistência desde a análise de solo à análise do custo de produção

Ele assegurou junto à comitiva que o acompanhou na visita técnica aos reassentamento, formada por integrantes da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), que os produtores precisam ser acompanhados desde a análise de solo até a conscientização do custo da produção.

O secretário de Estado da Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, reforçou que é preciso fomentar a produção agrícola existente no reassentamento, fazendo um levantamento das principais produções, para futuramente agregar valor às matérias-primas, com a efetivação de agroindústrias na região.

‘‘Não queremos que o produtor plante sem análise de solo, sem acompanhamento técnico porque é assim que a produção fica raquítica. A produção não vai para frente e o produtor desanima porque não tem o que ele precisa no solo. Fica achando que não tem mais como mexer com agricultura, mas não é assim. É possível conseguir uma boa produção com acompanhamento técnico’’, explica o vice-governador.

DE TERRAS POUCO PRODUTIVAS A NEGÓCIOS RURAIS LUCRATIVOS

As novas perspectivas de melhoramento de produção trouxeram para os produtores uma visão diferente e esperança. Aqueles que enxergavam apenas um pedaço de terra pouco produtiva, passaram a ver a possibilidade de inovar e fazer da propriedade, de fato, um negócio rural lucrativo.

Foi o caso de Francisco Pandolfi, 70 anos, que cedeu parte da sua propriedade para o plantio de mandioca para uma vizinha, mas que, agora, já pensa em plantar também cacau e investir na criação de peixes.

José Jodan colheu amostras de solos da propriedade do produtor rural Francisco Pandolfi, 70 anos

O governador em exercício orientou o produtor a plantar além da mandioca, o cacau, assim como tem orientado em todo o Estado, pois a colheita do cacau se dá a cada oito meses, o plantio se adapta à região. Rondônia importa, segundo ele, 60% do que é consumido, além disso, tem um retorno lucrativo aos produtores. A propriedade de Francisco foi visitada pelo vice-governador que percorreu a área explicando o passo a passo de uma análise de solo correta e ele mesmo fez a coleta das amostras.

Produção de farinha na propriedade da produtora rural Neuraci Monteiro

‘‘Estou mostrando ao seu Francisco como se faz uma análise para ele colher muito mais sacas de farinha em um hectare. Isso vai trazer o bem-estar para ele na propriedade’’, disse Jodan. Francisco reforçou o que José Jodan havia afirmando sobre o fato da produção sem técnica desanimar o produtor.

Francisco já teve experiência ruim com a produção, na época de banana, que acabou não dando certo. ‘‘Era para eu estar com essa área todinha de plantação de banana’’, lamenta.

Agora, ele disse estar animado a produzir, desta vez, utilizando as técnicas corretas. ‘‘Eu fico muito grato a essa visita do vice-governador porque era o que estávamos precisando aqui no reassentamento’’, avalia o produtor.

Atualmente, a aptidão do reassentamento Riacho Azul, onde moram cerca de 40 famílias, é o plantio de mandioca. O vice-governador também visitou a única produção de farinha do local que pertence a família da produtora rural Neuraci Monteiro do Nascimento. Ele incentivou a preparação do solo e assistência técnica para que a propriedade consiga também ampliar a quantidade de produção de mandioca por hectare.  ‘‘Com assistência técnica, eles vão sair de 3,5 para 7 toneladas por hectare, vão trabalhar menos e produzir mais’’, garante.

Durante a visita técnica, foi dada, ainda, a oportunidade para que produtores do reassentamento de São Domingues, vizinho ao Riacho Azul, apontasse os desafios que precisam ser superados. ‘‘Todo ajuda é bem-vinda para o produtor, achei muito importante o vice-governador ter vindo até aqui para ver de perto as nossas necessidades e as dificuldades que temos para produzir’’, conta o produtor rural Miguel Ribeiro.

Vice-governador ouve as demandas dos produtores rurais do reassentamento Riacho Azul

‘‘Foi importante a atitude de o vice-governador querer nos ouvir e saber de verdade as nossas dificuldades, pois  muitos produtores estão desanimados com a baixa produção. Acontece que muitos, no primeiro ano, conseguem 100 sacas de mandioca, mas já no segundo cai para 80, no terceiro para 40 e aí já não começa a dar mais nada, pois é uma produção sem calcário e sem adubo. Eu acredito que o governo de Rondônia vai trazer mudanças’’, disse o produtor Antônio Aparecido de Oliveira.

Ainda durante a visita, foi apresentado ao vice-governador o trabalho realizado pela ONG Raiz Nativa, que trabalha com arranjos produtivos nos reassentamentos com eixos de reflorestamento e desenvolvimento sustentável.

No Riacho Azul, a instituição possui um viveiro com capacidade para 200 mil mudas de açaí BRS Pará e Chumbinho.Tem a proposta de ampliar o plantio, implantar a irrigação para alcançar até três safras por ano e projeta uma agroindústria para beneficiar a produção local.

O vice-governador concluiu a visita ao reassentamento Riacho Azul apontando medidas para correção dos desafios apontados, com orientação de novas medidas e garantindo que, com uma produção tecnificada, é possível dar sustentabilidade as propriedades rurais,  envolver e fixar as novas gerações nos negócios rurais.

FONTE: SECOM / RO

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Marcio Martins martins

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