Agronegócio

Após 2018 recorde, Anec estima equilíbrio para exportações de soja do Brasil em 2019

País foi intensamente favorecido pela guerra comercial China x EUA neste ano, porém, associação não acredita na continuidade dessa condição por mais este ano, o que deve estabilizar a dinâmica do comércio global da oleaginosa. Para o milho, por outro lado, Anec espera por uma recuperação e vendas externas de 31 milhões de toneladas, volume que o Brasil tem necessidade de exportar.

https://youtu.be/eNsa3TukuI4

O ano de 2018 foi muito positivo para o agro negócio brasileiro, em especial no que diz respeito as exportações de soja. O principal motivador desse sucesso foi a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos que elevou a demanda pelos produtos brasileiros.

“O Brasil é um grande exportador de soja. Como aconteceu esse problema com os chineses que taxaram as importações americanas, evidentemente, o Brasil teve a primazia de exportar mais para a China. Já exportava e muito e exportou mais ainda. No início do ano existia a previsão de exportar 72 milhões de toneladas e vamos exportar no fechamento do ano 82,5 milhões”, diz Sérgio Mendes, diretor geral da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).

Contudo, o produtor brasileiro deve ficar atento para as perspectivas apresentadas para o próximo ano. Com a possibilidade de acerto entre as duas principais potências mundiais, 2019 pode trazer diminuição nas exportação, especialmente no caso da soja. “Nós vamos ter que entrar já exportando muita soja para satisfazer o apetite da China e dos outros países da Ásia. Não vamos exportar mais os 82,5 milhões de toneladas porque eu duvido que essa situação com os Estados Unidos vai continuar assim. As estimativas de soja são de 73 milhões de toneladas e milho, que sempre exportamos perto de 30 e esse ano vamos exportar 18 milhões de toneladas, nós vamos tentar exportar 31 milhões de toneladas no ano que vem”, avalia Mendes.

MILHO

Já para o cenário do milho, a expectativa é de mais dificuldades, principalmente com a questão do tabelamento dos fretes e da grande quantidade do grão que já estão em estoque. “O escoamento de maneira geral foi tranquilo, mas alguns grãos muito importantes, como o milho, sofreram com o tabelamento do frete. O milho não aguenta esse preço, o preço normal já é extremamente pesado e se você coloca um adicional no tabelamento você praticamente inviabiliza o milho. Vamos carregar esse problema para 2019, eu não vejo como vamos resolver esse problema do milho no ano que vem, que ainda teve um estoque muito grande de passagem”, comenta Sérgio Mendes.

FRETE

Para o diretor da Anec, será fundamental que o tabelamento dos fretes seja revisto pelo governo durante 2019. “Vamos ter que sentar juntos e ver o que pode ser feito. O que se fazia há anos atrás, principalmente para o milho que tinha um preço internacional que não pagava os fretes, você tinha aqueles leilões promovidos pela Conab em que você pagava melhor ao produtor por essa diferença do frete. Quem tem cacife para isso é o governo. Os componentes dessa cadeia o produtor, o transportador e o exportador não tem espaço para pagar essa conta. Não tem como conviver com essa tabela de frete. Os nossos competidores lá fora devem estar se divertindo com isso porque eles sabem que é impossível”.

Fonte: Notícias Agrícolas

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